Para entender a história do mergulho, primeiro precisamos aprender que existem 3 tipos de mergulho: livre, dependente e o autônomo.
O mergulho livre é aquele que praticamos com o ar do nosso pulmão e o mergulho dependente é aquele onde o mergulhar está conectado com uma fonte de ar vinda da superfície.
Já o mergulho autônomo é aquele em que respiramos debaixo d’água utilizando um equipamento específico chamado SCUBA.
O nome SCUBA é um acrônimo do termo em inglês Self-Contained Underwater Breathing Apparatus, que em português significa aparato independente de respiração aquática.
Por isso, resolvemos escrever este artigo sobre a origem do mergulho e outras curiosidades desta atividade.
Fique conosco e saiba mais sobre a História do Mergulho!
A origem do mergulho
Não é novidade que a relação homem e mar é antiga. Tentamos desvendar os segredos das profundezas marinhas desde muito tempo.
As datas dos primeiros registros são de mais de 6500 anos atrás, onde o homem já tentava inventar acessórios com o objetivo de explorar o mar.
Esses esforços primitivos eram limitados a águas até 30 metros de profundidade. Nessa profundidade os mergulhadores poderiam coletar, principalmente, materiais de valor comercial como alimento, esponjas, corais e pérolas.
Não se sabe exatamente a origem da data comemorativa 18 de dezembro. Na Rússia, por exemplo, o dia do mergulhador comercial é celebrado em 05 de Maio, por causa da abertura da primeira escola de mergulho para oficiais da marinha russa.
O sino de mergulho
Em 1531, Guglielmo de Lorena projetou o primeiro sino de mergulho. Trata-se de um objeto, semelhante a um sino de igreja, que levava os mergulhadores até determinada profundidade, e que possibilitava o acúmulo do ar em seu interior.
Dessa forma, os mergulhadores poderiam mergulhar em apneia e voltar ao sino quando necessário fosse renovar o suprimento de ar.
Vários projetos de sinos aprimorados foram realizados durante os anos, sendo o mais notável deles o projetado por Edmond Halley.
O sino de Halley era capaz de manter-se submerso por longos períodos e equipado com uma janela com o propósito de permitir a exploração subaquática. E ainda, o ar do sino era substituído pelo conteúdo de barris pesados, cheios de ar, enviados pela superfície.
A próxima evolução foi a redução do sino ao tamanho de um capacete que recebia ar bombeado da superfície. Esse capacete acoplado a uma roupa impermeável deu origem ao escafandro tradicional que dominou a atividade por longos anos, hoje em desuso.
Os trajes de mergulho
Algumas tentativas, como a do traje rígido, usando pressão atmosférica, e de equipamentos autônomos, onde o mergulhador transporta seu suprimento de ar, ocorreram em paralelo. As dificuldades de materiais e tecnológicas da época eram, sem dúvida, as principais barreiras.
John Lethbridge, em 1715 criou a primeira roupa específica de mergulho. O acessório era feito de madeira, e apesar disso, ele chegava a resistir por até 20 metros de profundidade. Foi apenas em 1839 que modelos mais avançados começaram a surgir rapidamente.
O responsável por um dos saltos nessa evolução foi Augustus Siebe, que desenvolveu o primeiro traje impermeável com um escafandro fixado, que ainda segue em uso para certos tipos de mergulho. Esse período ficou conhecido como a “Era do Escafandro“.
Nesta mesma época, os primeiros trabalhos científicos sobre descompressão começaram a surgir através das experiências de Paul Bert, considerado o “pai da medicina hiperbárica”.
A exposição a grandes profundidades faz com que o organismo dissolva nitrogênio no sangue e nos tecidos, que quando retorna à superfície provoca a formação de bolhas.
Para driblar esse problema foram criadas as primeiras tabelas de mergulho, por John Scott Haldane. O objetivo é prever o controle da mudança de pressão de forma gradual para proteger os mergulhadores. Os equipamentos e técnicas modernas já estão completamente adaptados de forma a evitar o desenvolvimento de tais condições.
Em 1943 dois franceses finalmente cortaram definitivamente os umbilicais que mantinham os mergulhadores ligados a superfície. Nesse momento da história que Jacques-Yves Cousteau e Emile Gagnan inventaram o Aqualung, nome dado ao primeiro equipamento autônomo de mergulho.
John Lethbridge – A primeira roupa específica de mergulho
Augustus Siebe – O primeiro traje impermeável com um escafandro fixado
Jacques-Yves Cousteau e Emile Gagnan
Os tipos de mergulho
O mergulho pode ser dividido em três modalidades: livre, autônomo e o dependente.
O primeiro pode ser realizado apenas prendendo a respiração, de forma mais natural. Dessa forma, o mergulhador depende exclusivamente de sua capacidade pulmonar, preparação física e, principalmente, do controle emocional.
Já no mergulho autônomo é utilizado equipamentos que permitem autonomia embaixo d’água. Este tipo é dividido em mergulho recreativo e mergulho técnico. A diferença deles é a profundidade limite, que no recreativo é de 40 metros.
A partir disso o tempo de limite de permanência sem descompressão é muito curto, então passa-se a utilizar procedimentos para o mergulho técnico.
Normalmente entre os procedimentos especiais está o uso de gases mais ricos em oxigênio, Nitrox, para acelerar a eliminação do nitrogênio acumulado devido à exposição a pressão maiores da profundidade.
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No dependente, amplamente utilizado por profissionais, a alimentação de ar é feita a partir da superfície por intermédio de um compressor de ar e de uma mangueira. Como não há limitação de ar para a permanência embaixo d’água, facilmente os limites não descompressivos acabam sendo ultrapassados. Isso exige diversas paradas programadas para realizar a descompressão.
O nascimento das certificadoras de mergulho
Em 1966, John Cronin e Ralph Erickson fundaram a certificadora PADI (Professional Association of Diving Instructor), uma das primeiras organizações com foco no mergulho autônomo.
Você pode conferir mais informações sobre a PADI no artigo: O que significa PADI?
Com o sonho de organizar um curso de certificação para mergulhadores que fosse destaque em todo o mundo, Hess, Blakeslee e Auxier abriram a NAUI (National Association of Underwater Instructors).
Essas organizações marcaram a História do Mergulho Recreacional! Pois criaram padrões de segurança mundiais e passaram a formar instrutores de alto nível. Dessa forma, a prática se tornou acessível e ultrapassou fronteiras.
Muita gente ainda pode ter algum receio em relação à prática, mas a verdade é que graças à toda essa evolução, o mergulho é hoje uma atividade muito segura. Confira o artigo: Conheça as 7 perguntas mais comuns sobre o mergulho.
O mergulho é bastante procurado por pessoas curiosas para conhecer o fundo do mar e que adoram viajar. Isso porque existem operadoras de mergulho no mundo inteiro, e são muitos os destinos paradisíacos que oferecem essa possibilidade de recreação para seus visitantes, é o caso de cidades como Fernando de Noronha, Maceió, Angra dos Reis e o Caribe (um dos mais famosos de todos).
Conheça 5 motivos para mergulhar em Maceió!
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